sábado, 8 de outubro de 2011

A DOENÇA COMO PRINCÍPIO DA CURA


Antes mesmo de ser empossada, a atual Presidente da República, já vinha sendo visivelmente assediada, pelos nobres senhores governadores de Estado, no sentido de reinstituir-se o famigerado tributo sobre compensações bancárias o malfadado CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou a Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira), como forma de melhor fazer cumprir o norma constitucional de assegurar o direito e acesso à assistência e cuidados à saúde integral a todo cidadão brasileiro.
A constituição de 1988, alcunhada de Constituição Cidadã, estabelece uma série de prerrogativas e direitos ao indivíduo, como forma de melhor catapultá-lo, à acessibilidade social plena, sobressaindo o direito à habitação, Saúde e a Educação, dentre outras com similitude relevância e importância no concernente ao estabelecimento das condições basais à cidadania. Então cidadania, a partir daí passou, em tese, a ser questão de direito consagrado.
Agora, o que temos que colocar em relevo, seria em quais circunstâncias operacionalizar-se-iam, estes direitos então consagrados. Vamos nos ater nesta matéria tão somente ao campo da saúde, em termos de contingente social amplo, ou melhor, sendo:
 - Será que efetivamente o custo/benefício está congruente e tem sido marcantemente positivo, transformando o indivíduo enfermo em ser saudável?
- Existe após a implementação do SUS – Sistema Único de Saúde, estudos e averiguação estatística fidedigna, correlacionando tais variáveis?
- Qual tem sido a despesa percapta periódica?
- Qual tem sido a reincidência individual?
- Qual a taxa de absenteísmo (ausência ao trabalho, por questões de saúde)?
-Será que não estamos dando nutrição à hipocondria, ao invés de tratá-la, com a devida intervenção profilática e higienista?
 - Será que não estamos tão somente fazendo parte de um jogo político eleitoreiro, de onde queremos angariar a simpatia e acolhimento popular, pelos números que estamos apresentando em demonstrativos, quadros e tabelas?
Amparados pelos ditames de um novo vislumbre, mais consentâneo e de conformidade com os novos tempos, ou seja, o Paradigma Holístico. Temos que a doença surge com um propósito específico e determinado, e a sustentação calcada em estudos diversos e confiáveis, seria de que a doença é o começo ou princípio da cura. Cura individual, cura familiar, grupal e social.
A doença sempre está querendo dizer alguma coisa, que temos tanto ocultado em nossa interioridade álmica, em nossas profundezas psíquicas.
Escrevendo este texto, me vem à mente um encontro que tive hoje mesmo de relance com uma profissional de saúde da Santa Casa de minha cidade, ao que ela me expôs sem eu mesmo lhe indagar, que atualmente estava trabalhando muito pouco, acrescentando que a todo ano é sempre assim, pela ocasião das festas natalina e carnaval, as ocorrências diminuem consideravelmente, os leitos ficam vazios.
Não é de se perguntar, se o envolvimento do cidadão com sua cidade, seu estado, seu país, de sorte, que venha fazer existir um civismo genuíno, um amor orgulhoso pela sua terra. Uma cidadania de coração, toda esta contextualização não sofreria uma tremenda revolução em suas bases. Será que se oportunizássemos a celebração de nossa existência, de maneira fraternal, conclamando a unidade amorosa entre as pessoas, não deletaríamos ou minimizaríamos o quadro patológico aviltante? Não poderíamos investir em pesquisas, para ver se de fato “quem ama não adoece?”.
A melhoria do mobiliário urbano, requintando-se as vias, os mananciais paisagísticos, com praças bonitas, floridas, uma arquitetura de bom gosto, um funcionalismo público motivado, bem remunerado que atendesse o munícipio com um sorriso amistoso em seu rosto e a verdadeira mobilização para a profícua cidadania. Trazendo ao cidadão orgulho de seu berço natal e o sentimento de pertencer com dignidade ao seu lugar, com certeza se faria fator relevante, quando se quer imprimir a benfazeja saúde integral da coletividade.
Não precisa mesmo ser expert, em Psicopedagogia, para constatarmos que a melhor metodologia educacional, seria de longe o exemplo, em detrimento de demais métodos e técnicas neste campo. É raciocínio torpe e simplista, elegermos mecanismos salutares para obter-se galgamento social maciço, para toda uma coletividade, sem ocuparmo-nos de procedermos à correspondente assepsia no conjunto de atitudes de seus mandatários e desnecessário se faz acrescentar, que não existe vida saudável, se não existir educação, se não instalar-se a consciência cívica e cidadã. Para que tal eventualidade se perpetue, tem que banir a indústria da propina, do embuste, do superfaturamento, da Lei do Gerson: ”Eu gosto de levar vantagem em tudo, certo?”.
Biopatia é a nominação clássica que se dá quando o que está doente seria a maneira de se viver de uma coletividade.
 “Saúde é um direito do cidadão, um dever do Município, do Estado e da União”. Vamos então exercitar este direito dentro de princípios da democracia participativa, para que não sejamos apenas títeres manipuláveis, quando temos tudo para fazer existir o tão sonhado lema de nossa Bandeira Nacional: Ordem e Progresso.             


                                                      
       É NATURAL SER SAUDÁVEL
 
O nosso organismo mantém uma pré-disposição para manter-se equilibrado, funcionando harmonicamente: corpo-mente-espírito. Somos dotados de mecanismos salutares, que nos conduzem a esta homeostase. Só que o embate diário aliado à nossas crenças internas pessoais e/ou grupais é que nos tornam em seres incompletos, insatisfeitos, frustrados e infelizes e, por decorrência, doentes. Sob este prisma temos que verificar os aspectos atinentes à cultura, quando queremos entender o porquê de tanta gente doente se o natural é ser saudável. A drogadição, por exemplo, que nos últimos dias vem ocupando a lacuna das manchetes virou pandemia social. Não nos caberia indagar: Qual o fator causal? E os mecanismos de ajuste social estão falidos? E as religiões, o estado, a escola e demais mecanismos ideologizantes de massa? Reprimir e criminalizar, todos nós sabemos serem medidas paliativas que não tocam obstantemente no cerne da questão e de igual sorte. Dar remédio e atendimento de emergência, de per si, não diminui o problema e, se observarmos sob certos aspectos, esta alimentando e dando fomento ao problema. 
Premente se faz, quando queremos efetivamente sair da condição de “Jeca Tatu” e partirmos para uma nação primeiro mundista. Detentores do maior arsenal energético e paisagístico do globo terrestre, “celeiro do mundo” por natureza, primarmos pela condição de que: “Este filho teu não foge a luta”, mas necessário se faz, ainda mais, que se tenha “laço firme e braços fortes” com muita saúde do corpo, da mente e do espírito. De sorte a compor uma pátria livre, autônoma, soberana e independente. “Libertas Que Será Tamem”.

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